sábado, 25 de maio de 2013

Sucesso !!!


Salve Felix! Mateus Solano rouba a cena na maravilhosa semana de estreia de Amor à Vida!

Mateus Solano como Felix em Amor à Vida
É muito raro logo na primeira crítica sobre a estreia de uma novela, dedicar o texto a um ator especifica. Mas, dessa vez, vai ser assim! Estou completamente tomado pelo desempenho inteligente, sutil e absolutamente extraordinário de Mateus Solano, como o perverso Felix, de Amor à Vida. Não teve para ninguém. Mateus dominou toda a primeira semana da trama de Walcyr Carrasco e o título de “a nova Carminha” – que ganhou nas redes sociais – é muito pertinente, já que o personagem tem o mesmo grau de frieza e complexidade da inesquecível criação de Adriana Esteves, em Avenida Brasil (2012). Mas, de maneira geral, Amor à Vida, acompanha o brilhantismo de Mateus.

O texto tem um pé no dramalhão mexicano, o que é delicioso porque combina perfeitamente com história trágica de sua protagonista: a inconsequente Paloma (Paolla Oliveira), que é enrolada pelo irmão maligno, mente descaradamente para os pais, foge com sedutor Ninho (Juliano Cazarre), engravida dele e acaba parindo sua filha num banheiro fétido de botequim e tem a neném roubada pelo nefasto Felix e jogada numa caçamba de lixo. Conhecemos também o batalhador Bruno (Malvino Salvador), que perde a mulher, Luana (Gabriela Duarte), e o filho durante o parto. E que, no auge de seu sofrimento, encontra a filha de Paloma no lixo e passa a cria-la como sua, numa genial e mirabolante jogada dramatúrgica, como há muito tempo não via numa novela.
Bruno (Malvino Salvador)
Fiquei emocionado e surpreso com a interpretação visceral de Malvino, que me levou ás lágrimas durante três capítulos seguidos. É o melhor desempenho da carreira de sua carreira e tenho certeza de que, além da dedicação pessoal do ator, tem também ali o toque de Wolf Maya, que sempre foi um brilhante diretor de atores.
No conjunto, a direção de Amor à Vida de é ótima, dando um ritmo ágil à história e mantém o público ligadíssimo em cada mínimo lance. E afasta também de nossas vidas aquele trabalho burocrático e preguiçoso de Salve Jorge, que tanto prejudicou a trama de Glória Perez. Só a cena do parto de Paloma, no primeiro capítulo, já foi um triunfo e nos presenteou com a melhor barriga de grávida da história. Simplesmente perfeita!
Paloma Khoury (Paolla Oliveira)
Amor à Vida tem muitas qualidades e espero que, a partir da segunda semana de exibição – quando a novela começará de verdade – esse alto nível se mantenha. Da primeira fase, é impossível não destacar Juliano Cazarré, perfeito, principalmente, na sequência em que Ninho está sendo revistado pela polícia boliviana, sabe que será pego com as drogas na cintura e começa um choro sofrido, que resulta num pranto desesperado. Até mesmo o gélido coração da mais fria das criaturas se rendeu a tamanha emoção. Aplausos também para Paolla Oliveira, Suzana Vieira (Pilar), Antonio Fagundes (César), Elizabeth Savalla (Márcia), Eliane Giardini (Ordália), Bárbara Paz (Edith), Gabriela Duarte, Rosamaria Murtinho (Tamara), Maria Maya (Alejandra) e Carolina Kasting (Gina).
Ninho (Juliano Cazarré)
Mas é para Mateus Solano que me levanto para aplaudir de pé. Félix Khoury é um personagem absolutamente assustador. Um ser repugnante, que detesta pobre, odeia a irmã, é invejoso, incapaz de se assumir sexualmente e não demonstra ter amor por absolutamente nada ou ninguém. Só mesmo um monstro para se alegrar por achar que a irmã havia morrido e abandonar a sobrinha recém-nascida no lixo, sem ter um pingo de remorso ou arrependimento. Félix é detestável, mas também é irresistível. Irônico e dono das melhores frases da novela, ele provoca no público as mais variadas sensações e sentimentos. Só que, no final, estamos todos completamente apaixonados por ele. É claro que o texto de Walcyr Carrasco tem muito mérito nessa turbulenta relação de amor e ódio pelo personagem. Mas é graças à extraordinária atuação de Mateus Solano, que Félix virou a nova mania nacional. Nas mãos de um ator menos habilidoso, o vilão seria apenas um ser desagradável. Mas Mateus transita com total eficiência pela inveja e a maldade, tendo sempre o humor como aliado mais poderoso. E, quando se consegue a mais perfeita união entre vilania e graça, é só correr para o abraço porque a bola já está lá dentro da rede. E Mateus Solano está fazendo um golaço atrás do outro! Esse é artilheiro!
Vamos relembrar algumas pérolas de Félix Khoury:
“Eu salguei a Santa Ceia. Só pode ser!”
“Genética não tem nada a ver com cabelo tingido!”
“Meu doce, eu tenho que te dar uma notícia amarga!”
“Se é ex-Chacrete já teve ter despencado. A gravidade é um crime contra a mulher!”
“Adoro meu nome. Lembra felicidade!”

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